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domingo, 2 de janeiro de 2011

Aventuras na Campestre (parte I), O Suspiro

Suspiro: "respiração forte e prolongada ocasionada por uma emoção..."
A definição acima ilustra perfeitamente os momentos que passamos ao redor do fogão a lenha pilotado (com muita categoria...) pela dna Marly na fazenda Campestre.

Localizada na região serrana dos Três Picos, perto de Friburgo, a Campestre é mesmo um paraíso.
Quando estamos a 1.500 metros acima do nível do mar, a temperatura passa a ter um outro "cpf", o que nos propicia a praticar a deliciosa (e aglutinadora...) arte de beber bons vinhos acompanhados de boas comidas, bien sur.
Já tive a felicidade de ser convidado algumas vezes pelo querido amigo Miguel, um gentleman que sabe, como poucos hoje em dia, exercer a arte de receber.
Regra número 1: esqueçamos esse papo de que "isso e aquilo engorda..." Já que estamos na chuva (!!)... Que fiquemos molhados, ora pois.
Sim, porque uma vez estando lá, os quitutes não param de chegar em nossas mãos (e bocas...)
Chips de abobrinha na beira da piscina, biscoitos de queijo que desmancham na boca, bolos e doces de leite sempre dispostos a serem devidamente degustados... Ah, a Campestre (aqui, meu suspiro...)
Dna Marly é craque mesmo. Faz uma comida de altíssima qualidade.
Comidinha de fogão a lenha, coisas da fazenda? Seria muito simplório da minha parte definir sua arte assim. É isso tudo e muito mais.

O pão de la maison, no café da manhã é coisa muito séria, assim como seu famoso suspiro, cuja "partitura" generosamente cedida pela própria autora, repasso aqui:

ingredientes:
_4 claras (geladas)
_8 colheres de sopa de açúcar
_raspas de casca de limão

preparo:
bata as claras com o açúcar (ponto de neve)
acrescente as raspas de limão e misture
coloque a mistura num saco de confeiteiro (com bico fino) para finalizar numa travessa (forrada com papel laminado) fazendo uma "voltinha" com as mãos enquanto despeja as porções de cada "futuro suspiro".
dica importante: o forno deve ficar numa temperatura baixa e, o mais importante: coloque algum objeto para que a porta do forno se mantenha com uma brecha, ligeiramente aberta durante todo o cozimento.

Alguns quilos adquiridos? Sem dúvida, mas nada que umas boas caminhadas pela linda Campestre não resolvam.
Mme Flottante não brinca com essas coisas. Já ouço o chamado na sua linda voz de soprano, clara e quase sem reverb: "Alaaaaain, aproveita que a chuva parou, vamos queimar umas calorias..."
A vida de um gourmand não é fácil... Marly, me espera que eu quero aprender a fazer o pão!

No próximo capítulo: a receita do pão de dna Marly (!!)

Merci beaucoup Miguel, e bonne année à toutes et à tous!

3 comentários:

  1. Mu. Que maravilha. Vou colocar este lugar na minha agenda. Thanks.

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  2. mon cher Maurice

    fogão a lenha é coisa séria... é como um Hammond B3, caixa Leslie complete.
    o fogão a gás seria o B4, aquele plug-in. Fica bom também, mas é diferente.

    forte abraço my friend

    Alain G.

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  3. Caboclo, tão delicioso quanto o suspiro é seu texto cheio de swing e humor!

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