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quarta-feira, 6 de março de 2013

Kinoshita, um japa na terra da garoa



Comer em São Paulo é um programa que levo a sério. Sim, porque a comida lá também é levada a sério por quem faz e, por tradição, pelos que comem. Eu gosto disso.. Mi piace molto.
Esse papo me lembra a maravilhosa frase do Ed Motta-San: "o bom de São Paulo é que é perto do Brasil, fala-se o português e não precisa de visto no passaporte...". Adoro isso. Sim, porque quando se fala em gastronomia, essa frase faz todo o sentido... Provavelmente em outras áreas também. Mas voltando aos talheres, sempre que vou à sampa incluo na minha tour gastronomica ao menos um restaurante de comida japonesa. E foi assim que fomos parar no Kinoshita.

Sentamos numa mesa na varanda de inverno cercada de vidros até o teto. Simpatico. Olhei o cardápio e gostei do que vi. É claro que quando telefonei pra fazer a reserva mandei logo a minha clássica pergunta: Tem toro ? Resposta positiva, pedi pra reservar um tanto pra mim como uma criança a caminho da loja de brinquedos... É que aqui no Rio o toro é diamante raro nos restaurantes do ramo.
E assim, logo na chegada fui recebido com um sashimi de toro (divino !!) e um prato com três variedades de sushi de toro, esse muito bom mas o sashimi (com flor de sal elegantemente colocada sobre a iguaria..) foi imbatível.


Fui pedindo então algumas pérolas do menu da casa... Abaixo na ordem: Camarões empanados em farinha japosesa ao molho tonikatsu e karashi, o tofu, cuja textura e qualidade muito me impressionou e o foie gras com fatias de abacate e maça verde (!!)


E ainda fechamos com esse prato espetacular de fatias de salmão com crocante de legumes:

Bem.... Sim, comemos muito bem. Mas se eu disser que a conta foi, digamos, agradável eu estaria mentindo.. Ao menos pro meu bolso pois a teoria da relatividade no mercado gastro-financeiro é um fato. Já dizia Einstein. Camille Flottante saiu até um pouco desapontada com relação a essa relevante questão, mas devo reforçar que tudo estava realmente muito bom e, é claro, nos fartamos de toro (!!!) que vem a ser uma iguaria cara... O simpático chef Rafael é um grande talento e o serviço da casa é muito bem comandado pelo maitre Jean. E, além do mais, quem está na terra da garoa deve se molhar.. Portanto leve o guarda-chuva (...) e não perca o trem das onze.


Kinoshita
Rua Jacques Félix, 405 
Vila Nova Conceição, São Paulo.
tel; (11) 3849-6940

terça-feira, 5 de março de 2013

Vecchio Torino... uma poesia italiana.


Chegamos em São Paulo com fome. Mme Flottante, que anda as voltas com seu curso de italiano pela internet, sem querer me inspirou na escolha do restaurante. Com o seu computador falando palavras soltas nesse idioma, tipo "parola", "bello" (essa achei que era pra mim...), "mangiare"... Meu estomago começou a querer interagir... em seguida o Macintosh me veio com um "pasta al sugo". Eu gritei: BASTA!! , PORCA MISÉRIA".. Corri pra minha pesquisa silenciosa na internet e entre alguns "best italian food in São Paulo" cheguei no Vecchio Torino.

Gostei da história da casa... "Vontade de perfeição - Essa é a frase que melhor define o chef e proprietário do Vecchio Torino, Giuseppe La Rosa".. "Um artesão da cozinha tradicional italiana, isto porque expressa através de sua comida, sentimentos que são transformados em sabores e aromas que encantam os paladares mais exigentes..." 

Uma poesia não? Claro que sim. E sua comida é isso. Pura poesia.
Resolvemos escolher dois pratos e dividi-los. Veja a generosidade da casa. Ambas as fotos abaixo apresentam uma meia porção dos pratos:

Começamos pelo Ravioli di Ricotta al Tartufo Nero. Que coisa linda.. O perfume. Massa fresca de espinafre com recheio de ricota e trufas negras ao molho de manteiga, creme de leite, parmesão e noz-moscada.


Partimos para o secondo corso, ou piatti ?? (acho que preciso fazer esse curso de italiano também..).
Gnocchi al Castelmagno. Sem dúvida, o melhor inhoque que já comi. O que é a textura que ele consegue?? Parece que quase não tem farinha, ou a farinha é muito delicada, ou mais uma vez, o artesão tem a mão de um chef (ou será o chef tem a mão de um artesão ?). Bolinhas de pure de batata. É uma boa definição. E o molho? Espetáculo. Não conhecia esse queijo castelmagno mas posso garantir que deu um toque maravilhoso no molho de tomate. E "que" molho de tomate.
Da sobremesa quem cuida é Mme La Rosa. Pela primeira vez tive que ouvir da boca de Camille Flottante que a minha famosa mousse au chocolat acaba de perder o posto de primeiro lugar. Pior que eu tive que concordar... Olha que coisa linda:


Vecchio Torino
Rua Tavares Cabral, 119 Jardim Paulistano - São Paulo
tel: (11)3816-0592