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domingo, 17 de julho de 2011

"Cenas Cariocas"... Malaga Restaurante

O convite chegou por email. Ticiana Azevedo, amiga querida e profissional da area gastrô, nos brindou na semana passada com esse presente.
Chegamos na hora marcada: 13:50 no número 121 da rua Miguel Couto, centro do Rio de Janeiro.
A redondeza não é, digamos assim, conhecida internacionalmente como das mais "charmosas" da cidade... Mas quando voce entra no restaurante e, principalmente, quando começa a provar seus pratos parece estar no paraíso... Um oásis, digamos assim.

A história da casa é bonita. Funcionava alí uma choperia durante muitos anos e cinco anos atrás a turma mudou tudo... Agora a casa oferece uma comida internacional de primeira qualidade. No inverno um pouco da França: Pot-au-feu as quartas feiras e nas quintas um belíssimo cassoulet provado e apovadíssimo pela Camille Flottante, uma expert quande se trata dessa feijoada de Toulouse e Carcassone.
o cassoulet
entradinha de bacalhau com natas
França, Portugal (o bacahau com natas é divino...), Alemanha, Espanha... Ta tudo lá. Comida feita com categoria por cozinheiros bons e orientados pelo simpatico Sr. Augusto.
Comecei com um bacalhau com natas no ramequim seguido por um risoto de camarão com pequi e açafrão (!) Seo Augusto sabe receber... Ambos divinos.
risoto de camarão com pequi e açafrão
Comi um linguado fresquíssimo e suculento com pure de batatas. Perfeito.
Nesses pratos simples é que a gente conhece de cara a qualidade do restaurante.

Como bem disse a minha querida amiga Luciana Fróes: "aprendi a não subestimar casas com esse perfil, onde se come um pouco de tudo (não tendo sushi...) se a comida for bem feita, maravilha".
Pronto, falou tudo a Lu Fróes.. É por essas e outras que eu sou fã de carteirinha dela.
linguado com pure
a banana flambée
Foi o proprio Sr Augusto quem tratou de executar uma banana flambée ao lado de nossa mesa com a tranquilidade de quem sabe mesmo o que esta fazendo.
seo Augusto em ação
Seo Augusto declarou o nível de seu profissionalismo quando despejou generosamente um cognac Remy Martin para flambar a banana. Vai aí o que eu sempre digo: A comida boa depende de equilibrio certo e produtos de qualidade.
A casa é simples e o serviço é de primeira (assim como a comida...). Gostei também de ver os garçons de terno e gravata... Um toque de elegância não faz mal a ninguém. Na próxima quarta eu volto. Prometi ao seo Augusto que iria conferir o pot-au-feu... avec plaisir.

domingo, 3 de julho de 2011

Oslo II, 3 Brodre

a fachada do karl johan hotel
Caminhando pelas ruas de Oslo sob uma delicada e desagradável chuva, acabei adentrando por acaso num estabelecimento muito interessante, o "3 Brodre"... Pedi um cognac .
Que beleza de lugar... A decoração, a arte no teto, tudo muito bonito realmente. É lindo observar como os países europeus, em geral, cuidam de sua arquitetura, de seu patrimônio, ao contrario daqui no Rio de Janeiro que tudo vai se acabando ou se transformando num restaurante japonês ou numa igreja universal.
O barman me explicou, num inglês (!) e de grande eficiência, que no seculo XIX funcionava alí uma fabrica de luvas finas pilotada por tres irmãos.
A comida? Uma tex-mex food... Pulei. Nada contra mas é que naquele momento rain over Oslo, uma taça de cognac e um teto (e que teto !!!) resolviam a situação com nobre eficiência.
Achei porém que o lugar merecia um registro:
3 Brode 
3 Brode, o bar

3 Brode


No trem para Estocolmo... Belas paisagens


Oslo I, Oro Restaurant

karl johan gate
Sempre tive uma grande curiosidade pela Escandinávia... Os fiordes, o salmão, o bacalhau, o sol da meia noite, a aurora boreal... E gente bonita por toda parte.
Um dia li uma linda materia numa revista sobre o restaurante Oro em Oslo, a curiosidade aumentou. Recentemente a minha querida amiga Lu Fróes chegou das terras vikings com muitas dicas na manga, como o famoso Noma de Copenhagen, um dos restaurantes mais badalados atualmente e de acesso não muito fácil (tentamos reservar daqui em vão... vaga só em 2012). Mas o Oro eu reservei, ou melhor, Mme Flottante o fez com mucho gusto, pois jantaríamos no dia do meu aniversário e ela fez questão de me convidar. Ah.. Como diria Moacyr Luz, "as vezes eu tenho inveja de mim mesmo...". Acho que mereço. Sem muito bla, bla bla, imprimo aqui alguns registros da noite:
a cozinha do oro

panfried cod "strom" with morels and asparagus
"the" salmão

crayfish with tarragon
Serviço de primeira. Fomos tratados "a pan de ló" como dizia minha avó Alice.
Um detalhe interessante sobre o bacalhau norueguês: Sem dúvida, a qualidade do peixe é de primeiríssima, mas saí com uma certa saudade de Portugal. Acho que a forma como o português prepara o bacalhau é a melhor do mundo. Aliás, quanto ao salmão, também não me encanta muito o excesso de defumado na escandinávia. O salmão cru semi defumado é maravilhoso mas percebi que eles defumam também o salmão assado... Que coisa, né? Mas o Oro foi sem dúvida uma grande experiência.

"Kemmer til alle..." segundo o google translate: abraços a todos.